A magia das especiarias . . .
ANIS ESTRELADO
De gosto similar ao anis comum (Pimpinella anisum), o anis-estrelado, tradicionalmente designado pelos chineses por Ba Jiao Hui Chian (funcho de 8 pontas), utiliza-se maioritariamente como erva aromática na doçaria/culinária e na fabricação de bebidas licorosas.
Atualmente, esta planta tem sido alvo de um enorme interesse econômico e científico. A sua utilização como matéria-prima para a fabricação do famoso medicamento anti-viral Tamiflu, utilizado no tratamento da gripe das aves, fez com que os seus preços disparassem nos últimos tempos.
A sua utilização medicinal, porém, remonta há séculos, e a etnomedicina tem-na utilizado para tratar problemas de falta de apetite, dispepsias hiposecretoras, gastrites, enterites, flatulência e espasmos gastrointestinais. Topicamente é usada em micoses.
Comissões de estudos já aprovaram a sua utilização na perda de apetite, tosse e bronquite - aplicações que se devem à sua actividade expectorante, espasmolítica, carminativa, estomática e antiséptica. Tem ainda um efeito ativador da secreção do leite e do suor.
Árvore dos bosques tropicais do sudeste da China e norte do Vietname, é hoje em dia cultivada no Sul da China e em outras regiões tropicais, sendo exportada para o mundo inteiro. Entre as suas substâncias, destacam-se essencialmente o trans-anetol (80-90%), hidrocarbonetos, linalol e cineol.
Rico em óleo essencial, os seus frutos (sementes) devem conter no mínimo 70ml/Kg (F.P. VII).
Contra-Indicações e Dosagens
Muitas vezes sujeito a adulteração pela utilização da espécie tóxica Badiana-do-japão (Illicium religiosum), a comercialização do anis-estrelado é, contudo, muito controlada dentro do mercado europeu, o que não oferece qualquer perigo em termos de saúde pública. Não devendo ser ingerido durante a gravidez, na aleitamento e nos casos de hiperestrogenismo, pode, em alguns casos, estar na origem de reações de maior sensibilidade, principalmente quando o seu uso é continuado e repetido.
A dose média diária é cerca de três gramas de planta. Pode ser tomada em infusão e, neste caso, adiciona-se 0,5 a 1g de frutos por xícara e toma-se uma xícara depois das refeições. O consumo pode ainda ser em cápsulas (pó) ou sob a forma de extrato seco (100 a 300mg por dia).
Chá de Anis-Estrelado
URUCU
Urucu, ou urucum, é o fruto do urucuzeiro ou urucueiro (Bixa orellana), arvoreta da família das bixáceas, nativa na América tropical, que chega a atingir altura de até seis metros. Apresenta grandes folhas de cor verde-claro e flores rosadas com muitos estames. Seus frutos são cápsulas armadas por espinhos maleáveis, que se tornam vermelhas quando ficam maduras. Então se abrem e revelam pequenas sementes dispostas em série, de trinta a cinquenta por fruto, envoltas em arilo também vermelho.
Em outras culturas, chama-se: orleansstrauch (alemão), achiote ou onoto (espanhol), rocou (francês) e achiote ou annatto (inglês).
"Urucu" e "urucum" originam-se do tupi transliterado uru'ku, que significa "vermelho", numa referência à cor de seus frutos e sementes.
O urucu é utilizado tradicionalmente pelos índios brasileiros (juntamente com o jenipapo, de coloração preta) e peruanos, como fonte de matéria prima para tinturas vermelhas, usadas para os mais diversos fins, entre eles, protetor da pele contra o sol e contra picadas de insetos; há também o simbolismo de agradecimento aos deuses pelas colheitas, pesca ou saúde do povo. No Brasil, a tintura de urucu em pó é conhecida como colorau e usada na culinária para realçar a cor dos alimentos. Esta espécie vegetal ainda é cultivada por suas belas flores e frutos atrativos. Ao passar urucu na pele, ele penetra nos poros e, ao longo do tempo, a pele passa a ter uma tonalidade avermelhada constante e definitiva. Isso acontece pois os poros se entopem de urucu e não conseguem mais eliminá-lo.
Um produtivo nativo das Américas, que foi levado para Europa desde o século XVII, é mundialmente empregado como corante de diversos fins, principalmente na indústria alimentícia. Com o banimento do uso de corantes alimentícios artificiais na União Européia, por prováveis efeitos cancerígenos, por exemplo a anilina, é intensamente importado da América tropical e África, além de quase não ter sabor.
- Na culinária: como condimento e também colorante, emprega-se sob a forma de pó obtido por trituração das sementes, usualmente misturadas a certo teor de outros grãos também triturados, devido ao arilo que envolve as sementes, que fornece matéria corante vermelha característica, como na casca dos queijos: leyden, queijo-do-reino e outros. É apreciado pela quase ausência de sabor e por não apresentar os efeitos prejudiciais dos corantes artificiais;
- Na cosmética: empregam-no os ameríndios tropicais no preparo de tinturas para pintar o corpo, com a finalidade de proteção contra o rigor do sol (confere proteção contra radiação ultravioleta);
- Na medicina: como medicamento fitoterápico, é dotado de inúmeras características e propriedades bioquímicas, que lhe dão aplicação em vasta gama de caso
Embora, sob o ponto de vista científico, ainda seja objeto de estudo com vista ao estabelecimento do rol de aplicações, consideram-se as folhas e as sementes do urucu como:
- Dotadas de virtudes expectorantes em geral;
- Úteis nas afecções diversas, principalmente do coração;
- Eficazes na eliminação de manchas e verrugas (tintura das sementes aplicada sobre a pele elimina manchas brancas, verrugas, e rejuvenesce a pele);
- Eficazes para alívio e redução da prisão de ventre, hemorróidas e hemorragias (chá das folhas).
A Medicina Fitoterápica dispõe das informações precisas sobre o uso médico.
Embora, sob o ponto de vista científico, ainda seja objeto de estudo com vista ao estabelecimento do rol de aplicações, consideram-se as folhas e as sementes do urucu como:
- Dotadas de virtudes expectorantes em geral;
- Úteis nas afecções diversas, principalmente do coração;
- Eficazes na eliminação de manchas e verrugas (tintura das sementes aplicada sobre a pele elimina manchas brancas, verrugas, e rejuvenesce a pele);
- Eficazes para alívio e redução da prisão de ventre, hemorróidas e hemorragias (chá das folhas).
A Medicina Fitoterápica dispõe das informações precisas sobre o uso médico.
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Anis-Estrelado |
De gosto similar ao anis comum (Pimpinella anisum), o anis-estrelado, tradicionalmente designado pelos chineses por Ba Jiao Hui Chian (funcho de 8 pontas), utiliza-se maioritariamente como erva aromática na doçaria/culinária e na fabricação de bebidas licorosas.
Atualmente, esta planta tem sido alvo de um enorme interesse econômico e científico. A sua utilização como matéria-prima para a fabricação do famoso medicamento anti-viral Tamiflu, utilizado no tratamento da gripe das aves, fez com que os seus preços disparassem nos últimos tempos.
A sua utilização medicinal, porém, remonta há séculos, e a etnomedicina tem-na utilizado para tratar problemas de falta de apetite, dispepsias hiposecretoras, gastrites, enterites, flatulência e espasmos gastrointestinais. Topicamente é usada em micoses.
Comissões de estudos já aprovaram a sua utilização na perda de apetite, tosse e bronquite - aplicações que se devem à sua actividade expectorante, espasmolítica, carminativa, estomática e antiséptica. Tem ainda um efeito ativador da secreção do leite e do suor.
Árvore dos bosques tropicais do sudeste da China e norte do Vietname, é hoje em dia cultivada no Sul da China e em outras regiões tropicais, sendo exportada para o mundo inteiro. Entre as suas substâncias, destacam-se essencialmente o trans-anetol (80-90%), hidrocarbonetos, linalol e cineol.
Rico em óleo essencial, os seus frutos (sementes) devem conter no mínimo 70ml/Kg (F.P. VII).
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Chá de Anis-Estrelado |
Contra-Indicações e Dosagens
Muitas vezes sujeito a adulteração pela utilização da espécie tóxica Badiana-do-japão (Illicium religiosum), a comercialização do anis-estrelado é, contudo, muito controlada dentro do mercado europeu, o que não oferece qualquer perigo em termos de saúde pública. Não devendo ser ingerido durante a gravidez, na aleitamento e nos casos de hiperestrogenismo, pode, em alguns casos, estar na origem de reações de maior sensibilidade, principalmente quando o seu uso é continuado e repetido.
A dose média diária é cerca de três gramas de planta. Pode ser tomada em infusão e, neste caso, adiciona-se 0,5 a 1g de frutos por xícara e toma-se uma xícara depois das refeições. O consumo pode ainda ser em cápsulas (pó) ou sob a forma de extrato seco (100 a 300mg por dia).
Chá de Anis-Estrelado
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MOSTARDA
'loja da Moutarde Maille em Dijon/França quando estive lá
em 2007 . . . maison fundada em 1747, a mostarda dijon é considerada a mais famosa do mundo'
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FLOR DA MOSTARDA |
Não se sabe, com precisão, quando o grão de mostarda começou a ser utilizado como tempero. A história lembra grandes nomes da gastronomia e criadores de pratos famosos como Marcus Apicius (25 a..C.), Guillaume Tirel (1310 –1395), Marques de Bechamel e tantos outros. Egípcios, gregos e romanos já a utilizavam para realçar o sabor dos alimentos.
Titus Maccus Plautus (254 – 184 a..C.) mencionava a mostarda em suas comédias, chamando-a de horrível veneno. Gaio Plinio Secondo (23-79 d.C) falava da mostardeira como uma planta que gera um semente de gosto muito picante e de efeito queimante.
Ambrosios Aurelius (fim do século IV d..C) perguntava-se como a semente de mostardeira, quando aplicada na pele, era capaz de inflamá-la, enquanto que se ingerida não fazia mal nenhum..
Carlos Magno (742 – 814), Imperador do Ocidente, recomendou o cultivo dessa especiaria em todos os estados gerais do Império.
A mostarda chegou à Inglaterra no século XII, e na Espanha o consumo apareceu com a chegada das legiões romanas. Quando Vasco da Gama embarcou em direção à rota das Ìndias tinha a bordo um barril de mostarda.
A mostarda de Dijon que por muito tempo foi considerada a melhor mostarda foi mencionada oficialmente nos anais relativos às festas dadas em 1336, em Borgonha.
Em Dijon a mostarda era amplamente consumida, e nunca mais parou de figurar nas mesas dos reis.
Com o passar do tempo alguns fabricantes aproveitaram para lançar produtos de menor qualidade, em função disto foram criados estatutos para organizar e reger a fabricação e o comércio de mostarda.
Hoje em dia a denominação "mostarda de Dijon" não é limitada aos produtos oriundos da cidade ou região, mas sim, a um processo de fabricação, no qual as mostardas são fabricadas com produtos peneirados e cujo teor de extrato seco total não deve ser inferior a 28%.
E já na Bíblia muitas são as referências a Mostarda “é a menor das sementes, mas quando cresce é a maior das hortaliças; torna-se uma árvore”.
“Pois em verdade vos digo, se um dia tiverdes fé do tamanho de um grão de Mostarda, direis a esta montanha: ‘passa daqui para acolá’ e ela passará. Nada vos será impossível”. (Mateus, 17:20-21).
A Mostarda é amplamente conhecida como um condimento picante, também chamado Mostarda. Seu uso na culinária foi disseminado pelo mundo: uma especiaria como o cravo, a canela, a gengibre, a noz-moscada, a pimenta-do-reino.
Segundo alguns autores estas especiarias tinham como função não apenas temperar os alimentos, mas conservá-los. As especiarias já eram conhecidas na época do Império Romano, originaram-se Oriente, no Norte da África e em algumas regiões mediterrâneas européias.
Neste período as especiarias não apenas adicionavam sabores aos alimentos, mas também conferiam a quem os usava status e poder, o que só era acessível às altas camadas sociais.
Na cozinha medieval as especiarias faziam parte de uma rica estrutura de valores simbólicos, relacionados aos à teoria dos quatro elementos: fogo, terra, água e ar, temperamentos quentes, úmidos, secos ou frios, deviam utilizar ou evitar determinados alimentos.
As flores amarelas da Mostarda formam pequenos e delicados buquês e um campo desta planta tende a ser um espetáculo de luz para quem o vê.
Há muito tempo os homens usam a Mostarda para aliviar suas tristezas. O Dr. Edward Bach preparou uma essência das pequenas flores da Sinapsis arvensis, que denominou de Mustard cuja virtude é a alegria.
Essência que ajuda a iluminar a alma, purgando os carmas que acumulados criam a escuridão. Ajuda a recuperar a fé para aqueles que sentem-se deprimidos sem causa aparente. Dos Florais de Minas nos vêm a essência Sinapsis, que tem uma sintonia parecida.
Os grãos de mostarda são moídos e a casca é separada. Essa farinha não tem aroma, e deve ser umedecida para desenvolver o sabor picante e o aroma.
Pasta de Mostarda
É preparada com a mistura do pó da mostarda, mais sal, vinagre e especiarias. A mostarda tipo americana tem a cor amarela brilhante pela adição de açafrão-da-terra em pó. A mostarda francesa, marrom, é preparada com pó de mostarda negra ou parda e vinagre. A mostarda inglesa é preparada com pós de mostardas negra e amarela, adicionando-se farinha de trigo, que absorve parte do óleo e melhora a consistência da pasta.
Mostarda em grão
A partir dela é feita a mostarda em pó, base para as mostardas em pasta. A mostarda em grão geralmente é utilizada para o preparo de picles, sendo cozida com as hortaliças.
Outra alternativa é o uso de mostarda desativada para substituição parcial das gemas, reduzindo assim o custo e o nível de colesterol. O efeito do produto final é quase imperceptível.
E já na Bíblia muitas são as referências a Mostarda “é a menor das sementes, mas quando cresce é a maior das hortaliças; torna-se uma árvore”.
“Pois em verdade vos digo, se um dia tiverdes fé do tamanho de um grão de Mostarda, direis a esta montanha: ‘passa daqui para acolá’ e ela passará. Nada vos será impossível”. (Mateus, 17:20-21).
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MOLHO À BASE DE MOSTARDA |
Segundo alguns autores estas especiarias tinham como função não apenas temperar os alimentos, mas conservá-los. As especiarias já eram conhecidas na época do Império Romano, originaram-se Oriente, no Norte da África e em algumas regiões mediterrâneas européias.
Neste período as especiarias não apenas adicionavam sabores aos alimentos, mas também conferiam a quem os usava status e poder, o que só era acessível às altas camadas sociais.
Na cozinha medieval as especiarias faziam parte de uma rica estrutura de valores simbólicos, relacionados aos à teoria dos quatro elementos: fogo, terra, água e ar, temperamentos quentes, úmidos, secos ou frios, deviam utilizar ou evitar determinados alimentos.
As flores amarelas da Mostarda formam pequenos e delicados buquês e um campo desta planta tende a ser um espetáculo de luz para quem o vê.
Há muito tempo os homens usam a Mostarda para aliviar suas tristezas. O Dr. Edward Bach preparou uma essência das pequenas flores da Sinapsis arvensis, que denominou de Mustard cuja virtude é a alegria.
Essência que ajuda a iluminar a alma, purgando os carmas que acumulados criam a escuridão. Ajuda a recuperar a fé para aqueles que sentem-se deprimidos sem causa aparente. Dos Florais de Minas nos vêm a essência Sinapsis, que tem uma sintonia parecida.
Principais Regiões Produtoras
Estudos da EMPRAPA mostraram que a melhor região para o cultivo da mostarda é a região do planalto Central, sendo que a cultivar Gisilba, de origem alemã, foi a que demonstrou melhor adaptação às condições climáticas e de solo.Produção e Produtividade
A mostarda parda (Brassica juncea) produz de 1.200 a 1.500 quilos/hectare, enquanto a amarela (Brassica alba) produz de 800 a 1.000. A cultivar Gisilba produz rendimentos na ordem de 600 a 700 quilos/hectare.Época da Safra
Semeia-se em março-abril, para aproveitar a umidade do solo das últimas chuvas e colhe-se em junho-julho, em torno de 130 dias após a semeadura. A colheita poderá ser feita utilizando-se colheitadeiras de cereais, quando as plantas estiverem totalmente secas e os grãos com 10% de umidade.![]() |
MOSTARDA EM GRÃO E PASTA |
Produtos Derivados da Mostarda
Farinha de MostardaOs grãos de mostarda são moídos e a casca é separada. Essa farinha não tem aroma, e deve ser umedecida para desenvolver o sabor picante e o aroma.
Pasta de Mostarda
É preparada com a mistura do pó da mostarda, mais sal, vinagre e especiarias. A mostarda tipo americana tem a cor amarela brilhante pela adição de açafrão-da-terra em pó. A mostarda francesa, marrom, é preparada com pó de mostarda negra ou parda e vinagre. A mostarda inglesa é preparada com pós de mostardas negra e amarela, adicionando-se farinha de trigo, que absorve parte do óleo e melhora a consistência da pasta.
Mostarda em grão
A partir dela é feita a mostarda em pó, base para as mostardas em pasta. A mostarda em grão geralmente é utilizada para o preparo de picles, sendo cozida com as hortaliças.
Características Funcionais
Emulsificante
A mostarda em pó é utilizada como auxiliar de emulsificação em produtos tais como maioneses e molhos para saladasEstabilizante
As finas partículas da mostarda se acumulam na interface óleo/água em uma maionese, agindo assim como uma proteção física contra uma quebra da emulsão. As mostardas desativadas (onde a enzima mirosinase foi desativada) ajudam a manter o volume da maionese após a agitação.Aglutinante
A mostarda contém cerca de 30% de proteínas e pode ser usada como fonte de proteína a baixo custo em muitos produtos cárneos. As gomas presentes no farelo de mostarda agem como excelente liga de água, enquanto as farinhas ajudam na estabilidade da emulsão. A goma constitui cerca de 25% do farelo e ocorre naturalmente. É solúvel em água fria e estável quanto à temperatura.Conservante
Os isotiocianatos presentes na mostarda inibem o crescimento de certas leveduras e bactérias. Como condimento, as mostardas não requerem nenhum tratamento de calor para ter uma vida de prateleira longa e estável.Antioxidante
A mostarda contém tocoferóis em quantidades suficientes para prevenir sua própria oxidação, podendo repassar suas propriedades antioxidantes para o sistema no qual é utilizada, como um produto cárneo, por exemplo.Aplicações
Maionese e molhos para saladas
São essencialmente emulsões de óleos vegetais e vinagre com gema de ovo como agente emulsificante. A farinha de mostarda é utilizada em níveis de 0,2-0,4% do total como emulsificante adicional e também estabilizante, além de conferir aroma ao produto.Outra alternativa é o uso de mostarda desativada para substituição parcial das gemas, reduzindo assim o custo e o nível de colesterol. O efeito do produto final é quase imperceptível.
Condimentos
A mostarda é utilizada nos EUA na fabricação de catchup, por ser uma excelente fonte de goma e lá não ser permitido o uso de gomas e amidos na sua fabricação. Uma mistura de mostarda desativada e água garante a viscosidade e propriedades tixotrópicas de uma massa de tomate (essa mistura pode substituir até 10% da quantidade total de massa de tomate na formulação).Misturas para temperos
Confere tanto aroma quanto um melhor aspecto para uma grande variedade de temperos. Em temperos para churrasco traz aroma picante e ajuda como amaciador, em temperos para saladas mostarda moída ou esmagada confere melhor aroma e visual.Produtos cárneos
Na América do Norte e na Europa a mostarda amarela e desativada é usada como ingrediente com alto teor proteína vegetal funcional. A adição da mostarda melhora o aroma e aumenta a retenção de água e gorduras, além disso suas características emulsificantes e antioxidantes se mostram presentes neste caso.
BAUNILHA
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FLOR DA BAUNILHA |
A baunilha é a vagem de uma orquídea trepadeira (o único membro da família das orquídeas que dá fruto). São polinizadas manualmente e crescem em plantações onde o processo de cultivação pode levar até 6 anos (a colheita é feita só uma vez por ano)
As vagens, de cor castanho escuro, longas e finas , contêm todo o aroma e sabor da planta da baunilha. Prontas para colher não têm cheiro ou sabor mas depois de secas e curadas desenvolvem o aroma inconfundível associado à baunilha.
A baunilha é cultivada só em 4 países: Madagascar, Indonésia, México e Tahiti, porém uma quantidade limitada também é cultivada em Uganda, Jamaica, Costa Rica e India. Madagascar produz cerca de 60% da produção mundial, sendo por isso o país que designa o preço da produção mundial da baunilha no mercado aberto.
A baunilha é de fato classificada como uma especiaria e seguindo ao açafrão e ao cardamomo é a terceira mais cara especiaria do mundo. A produção de baunilha obriga a mão de obra intensiva, sendo uma das razões que levaram à expansão dos aromas artificiais de baunilha que custam 10% do preço da baunilha verdadeira.
VAGEM DA BAUNILHA CURADA PRONTA PARA SER UTILIZADA |
O seu sabor pode variar dependendo do país de origem, do processo de cultivação, da maturidade da colheita e do processo de seca e cura usados. As vagens da baunilha são muito versáteis e podem ser usadas, não só para dar sabor a confeitarias, biscoitos, creme de leite, pudins e sorvetes mas também para melhorar o gosto de pratos salgados. Uma pitada de baunilha pode ser usada para temperar, por exemplo, sopas de legumes ou de peixe e melhorar molhos de salada.
Os Estados Unidos consomem mais de metade da baunilha mundial, pois é ainda o sabor favorito para sorvetes naquele país.
A baunilha deve ser conservada à temperatura ambiente e nunca no congelador ou em lugares frios. Colocada no açúcar e em recipiente fechado por 2 ou 3 semanas o açúcar baunilhado pode ser usado em café e receitas variadas. Desta maneira as vagens de baunilha conservam-se por bem mais de um ano.
CARDAMOMO
O cardamomo são as sementes de uma planta da família do gengibre, que nascem dentro de uma cápsula de cor verde.
É nativo do sul da Índia e é conhecido como a rainha das especiarias.
É colhido verde e colocado para secar tradicionalmente em fornos a carvão por 3 dias.
O maior exportador hoje em dia é a Guatemala, onde ele é processado em máquinas modernas.
O de melhor qualidade é de cor verde. O cardamomo de cor clara, ou está velho, ou foi colhido fora de época ou foi seco ao sol. Ou ainda pode ter sido branqueado.É usado para branquear os dentes e refrescar o hálito. Na Índia é mastigado após as refeições.
O cardamomo aromatiza pratos salgados, doces e bebidas como café, chá ou chocolate.
Combina muito bem com baunillha e açafrão.
Combina com frutas cítricas, maçãs, pêras, mangas e com salada de frutas ou frutas cozidas.
Fica maravilhoso em preparações com leite, creme ou iogurte, como sorvetes, pudins e arroz doce.
Na Escandinávia é usado na confeitaria para aromatizar bolos, tortas e biscoitos.
É um componente essencial de várias misturas de temperos indianos e árabes.
Pode ser usado em marinadas para carnes e frango, combina muito bem com arroz.
Pode ser usado inteiro ou moído. Pode ainda ser tostado a seco ou em óleo antes de ser adicionado à preparação. Pode ser usado com ou sem casca, mas quando com casca deve ser amassado para uma melhor extração do sabor.
A baunilha deve ser conservada à temperatura ambiente e nunca no congelador ou em lugares frios. Colocada no açúcar e em recipiente fechado por 2 ou 3 semanas o açúcar baunilhado pode ser usado em café e receitas variadas. Desta maneira as vagens de baunilha conservam-se por bem mais de um ano.
CARDAMOMO
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FOLHAGEM E SEMENTES DO CARDAMOMO |
Pode ser usado inteiro ou moído. Pode ainda ser tostado a seco ou em óleo antes de ser adicionado à preparação. Pode ser usado com ou sem casca, mas quando com casca deve ser amassado para uma melhor extração do sabor.
Ao comprar verifique se a casca está inteira, bem fechada, sem furos e sem manchas.
As sementes internas devem ser de cor marrom bem escura e ligeiramente pegajosas, quando estão muito secas e acinzentadas é sinal de que está velho.
Evite comprar cardamomo em pó, além de perder logo seu aroma, por ser muito caro costuma ser falsificado. O cardamomo deve ser armazenado em local escuro, fresco e seco. De preferência dentro de potes herméticos.
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VAGENS DO CARDAMOMO |
O gengibre é uma planta herbácea com muitos benefícios à saúde. Como planta medicinal, o gengibre é uma das mais antigas e populares do mundo. Suas propriedades terapêuticas são resultado da ação de várias substâncias, especialmente do óleo essencial, que contém canfeno, felandreno, zingibereno e zingerona. O gengibre possui sabor picante e pode ser usado tanto em pratos salgados quanto nos doces. Pode ser usado em diversas formas: fresco, seco, em conserva, em cápsulas (em pó) ou cristalizado.
Ele é bastante indicado para programas de desintoxicação do organismo, além de ser considerado um poderoso anti-inflamatório, anticoagulante, antioxidante e antibactericida. O gengibre é utilizado para tratamento de náuseas, vômito, dor de cabeça, congestão do peito, cólera, gripe, diarreia, dor de estômago, reumatismo e doenças nervosas. Essa planta é um excelente remédio para inflamação da garganta, asma, bronquite, além de ser excelente no combate ao câncer.
O gengibre pode ser utilizado como antibiótico, além de possuir componentes que tratam a depressão. Os extratos de gengibre estimulam os centros vasomotor e respiratório.
GENGIBRE EM PÓ E EM CÁPSULAS |
O gengibre em pó tem o sabor mais suave e diferente do fresco. Por isso, o gengibre em pó não pode substituir o gengibre cru, como em receitas por exemplo. É muito usado em confeitarias e padarias para fazer bolos diversos, pães, biscoitos e tortas. Também combina com frutas e legumes e faz parte de várias misturas de temperos. O gengibre em pó pode ser feito em casa: Deixe secar o gengibre, retire a casca e moa-o inteiro. Ou você pode comprar pronto em pacotes ou em forma de cápsulas.
O chá de gengibre ajuda a emagrecer?
O chá de gengibre poderá ajudar na sua dieta, pois estimula a digestão, alivia a constipação e é um tônico cardíaco. Ele trata a obesidade, pois ajuda acelerar o metabolismo e queima calorias.Para facilitar a digestão, queimar calorias e reduzir peso, o recomendado é tomar ½ litro da bebida por dia, dividido em cinco doses iguais. Tome o chá sempre depois das refeições.
PIMENTA ROSA
A pimenta-rosa (Schinus terebinthifolius), muitas vezes confundida com a pimenta-do-reino, não pertence à família das pimentas. Trata-se da fruta (de tamanho semelhante ao da pimenta-do-reino) da aroeira (Schinus molle) que, apesar do aroma de pimenta, apresenta sabor levemente adocicado e ardência bem delicada (quase imperceptível).
Há outra variedade de aroeira, conhecida como aroeira-de-capoeira ou aroeira-vermelha (Schinus terebinthifollus) que também produz a pimenta-rosa. Deve-se tomar cuidado pois algumas variedades, como a aroeira-brava, causam alergia e urticária.
A aroeira é nativa da América do Sul e seus frutos são comuns na cozinha francesa, daí ser conhecida como poivre rose (pimenta-rosa em francês).
Só há pouco tempo passou a fazer parte da culinária brasileira, que até então exportava a pimenta-rosa para a Europa e depois importava. Pela baixa ardência não é usada como condimento e sim como elemento de decoração, embora muito aromática. Por outro lado, dá um sabor especial na preparação, pois quando as sementes são mastigadas nota-se a suave ardência.
A pimenta-rosa combina tanto em preparações salgadas como doces. É usada, de maneira especial, em molhos para medalhões de filé mignon grelhado, mas também fica muito bom com filé de frango e de peixe e no camarão. Sorvetes de frutas, musses, crêpes e saladas (doces e salgadas) ganham mais cor e sabor com a pimenta-rosa adicionada no momento de servir. Experimente servir queijo-de-minas fresco ou queijo de cabra fresco temperado com azeite de oliva, ervas frescas e pimenta-rosa.
Quando fresca e bem conservada, a pimenta-rosa apresenta uma película fina e delicada de cor avermelhada ou rosada, de textura quebradiça que envolve uma semente escura de sabor levemente adocicado e pouca ardência. Evite as pimentas em que as películas estejam soltas, com a cor rosa desbotada e cheiro de mofo. A melhor maneira de armazená-la é em recipientes herméticos, secos e limpos. Evite deixá-los expostos à luz e em ambientes úmidos.